quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Várias Fotos

Um dia resolvemos dar uma de "civil" e vai daí toca a vestir alguma roupinha civil antes que as traças dessem com ela. Foi engraçado ver aqueles "cavaleiros de triste figura" passeando pelo aldeamento com ar de turistas. Até os próprios habitantes acharam estranho.
Dia da chegada do avião que trazia entre muitas coisas, o correio, as cartinhas da familia, da namorada. etc. Era sempre um acontecimento a sua chegada.
Por vezes recebiamos visitas que vinham de "papaias" ou seja de helicóptero.
Os 3 mosqueteiros.
Um dia perguntaram-me porque não dávamos pratos e talheres. Fiquei a pensar naquela observação e ainda hoje a recordo. De facto era um acontecimento muito especial para aquelas crianças poderem usufruir de alguma alimentação que lhes era distribuida e que depois eles levavam para repartir pelos outros elementos da familia. Durante o tempo da nossa permanencia não tive conhecimento de algum caso de fome entre a população e a prova disso é a figura seguinte.
Esta criança que alguns vão recordar, esteve quase a morrer e se não fosse a nossa intervenção não estaria certamente viva. Foi preciso muita paciencia e força de vontade para lhe dar aquilo que ela precisava. Conseguiu recuperar da sua enfermidade e ao fim de alguns dias pode-se juntar ao grupo de amigos que se juntavam diariamente frente ao portão do aquartelamento.
Neste grupo onde estão alguns camaradas da 2758 podemos apreciar um dos mais belos momentos de acção social e psicológica. Vejo o Martins, o Jesus, o "Cavilhas", o Sardinha, eu e o Tudela. Peço desculpa mas não me recordo do nome dos outros dois elementos.

Afonso Gil comentou...
Amigo Pessa, Vi o teu blog e não podia deixar de te felicitar pelo trabalho nele apresentado. Sem ele não me teria sido possível relembrar caras e locais que há muito estavam apagados na minha memória.
Aproveito para te informar de que na fotografia onde estão várias pessoas junto de uma viatura, algumas delas com crianças ao colo, a que está entre o Jesus e o Fonseca (o Cavilhas) sou eu.
Ao lado do Martins está o Silva, também da 2758.
Um Abraço.

Victor Pessa comentou...
Grande Gil há que anos não falamos, a vida é assim mesmo, de repente desbunda tudo peranto os nossos olhos que nem acreditamos. Grandes paródias... e que saudade desse tempo, apesar de tudo. Folgo em saber que estás bem. Grande abraço também. Victor Pessa.

24 de Janeiro de 2010 14:11
Nestas fotos podemos ver o Alf. Nicolau, eu e algumas moças do aldeamento, que aproveitavam o facto das abundantes chuvadas que encheram o rio para fazerem algumas lavagens de roupa. Na outra foto junto á capela podemos ver o "Cavilhas", Tudela, eu, Fur. enfermeiro da 2758 do qual não recordo o nome o Botas e outro camarada.
A Engenharia chegou para arranjar as picadas e abrir novas e era preciso garantir a segurança das operações. Essa tarefa estava entregue à CSS. Pausa para almoço.

O trabalho logistico de apoio às populações era uma das nossas preocupações. A apanha do milho, foi naquele ano a maior dos últimos tempos.
Era dia de festa e a criançada compareceu toda para assistir à missa que o Padre Gonçalves ia celebrar!
Como sempre o dia terminava com um Por-do-Sol esplendoroso!

Uma das missões mais dificeis era convencer a população que vivia no mato a vir para o aldeamento. Por isso periodicamente eram emitidos panfletos de acção psicológica com esse intuito. Estes panfletos eram lançados, umas vezes por mim outras por outros camaradas, de avião sobre as machambas que existiam pelo mato fora. Na imagem em baixo temos um exemplo de Aerograma que eram utilizados pelo exercito para que todos pudessem escrever para casa.

Por vezes faziamos deslocações a Tete, ou para tratar dos dentes ou para tratar de assuntos da CCS. Nessas deslocações a Pensão CADIMA tinha uma importância estratégica, pois ficava situada numa das principais ruas de Tete. Recordo que naquela epoca andáva-se a construir a rede de saneamento, pelo que as ruas estavam todas esburacadas.

O Tavares, eu, o "Cavilhas" e o Espírito Santo.
Nós chamávamos-lhe "cavilhas", porque ele tinha sido operado a uma perna e tinha dois parafusos que lhe saiam na anca. Pertencia à CCaç 2758.
Foi neste Jeep que eu aprendi a guiar. Recordo que estava sozinho na sala de Operações quando o toque de avião a chegar se fez ouvir. De imediato saltei para dentro do Jeep e liguei a chave ( a mudança já estava metida) e aquela coisa começou a andar. A distância não era comprida e depressa cheguei ao destino. O problema foi parar o "animal". Como não sabia o que fazer travei simplesmente e aos solavancos aquela coisa lá parou no meio de grande rizada de todos os que assistiam. Depois mais tarde com a ajuda do Tavares lá aprendi a técnica para conduzir aquela máquina na perfeição.

Aqui com o Branca do Rosário.
O 1º Sarg Vaz junto da oficina.
Fim do dia, hora para descansar um bocado antes do jantar. O Simões, eu, Tavares, o substituto do Administrador de Chipera e o Marques.
Regresso de férias. Aqui o Palma tinha ido à Metrópole de férias e no seu regresso teve a oportunidade de sobrevoar Cabora Bassa, no preciso momento em que outra DO ou "Dornier" fazia o mesmo. Este feliz momento ficou registado nesta foto.
Foto enviada pelo Palma.
Nesta foto tirada em Chipera estão o Carvalho (barcelos), Castro (spm), Tony, Zé manel e o Palma claro.
Pode-se ver que não estavam sozinhos havia uma figura não identificada, pois nota-se o perfil de uma perna de cariz "feminino", assim meia escondida. Visto estarem de PM estariam concerteza a identificar a dona da referida "perna", ou não?





1 comentário:

  1. Amigo Victor Pessa
    Felizmente tive a sorte de não ter ido a África. Fiquei mais por Alverca. Mas aí também fiz amizades que hoje perduram. Sobre o teu blog gosto, o que fazes fazes bem, assim a base está feita e ao longo dos tempos vão-se fazendo correcções. Esta forma de comunicação é uma excelente ideia que vai trazer aproximação dos teus amigos, com quem partilhaste parte da tua juventude.
    Parabéns um abraço de amizade
    josé Louro da Costa

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